Quando falamos de segurança de software, o debate entre modelos open-source e proprietários não se resume a qual afirma ser mais seguro. A questão está na transparência, manutenção e rapidez na resolução de problemas. Já trabalhámos com ambos os modelos e sabemos que a verdadeira segurança constrói-se, não se assume.
Dois modelos, duas perspetivas
Qual dos modelos é mais seguro e por que é que isso importa? A resposta não é tão simples quanto parece. No centro da questão estão a visibilidade, a confiança e o controlo sobre a forma como os sistemas são protegidos.
Software Open-Source
No modelo open-source, o código-fonte é público e acessível. Isto significa que qualquer pessoa o pode inspecionar, modificar ou contribuir para a sua evolução. Essa abertura convida a um modelo de segurança diferente, baseado na comunidade, transparência e melhoria contínua.
Software Proprietário
Por outro lado, o software proprietário é desenvolvido e gerido por um fornecedor, que controla o acesso ao código. As atualizações, correções e melhorias são tratadas internamente. Os utilizadores confiam no fornecedor para gerir vulnerabilidades, muitas vezes com pouca visibilidade do que está a acontecer nos bastidores.
Confiança na prática
Porque é que alguns confiam no open-source
As comunidades open-source funcionam muitas vezes segundo o princípio dos “muitos olhos”. Como o código é público, bugs e vulnerabilidades podem ser identificados e corrigidos rapidamente por uma comunidade global. A transparência reduz o risco de comportamentos ocultos e torna o processo de desenvolvimento mais responsável.
Contudo, a segurança no open-source depende fortemente de uma manutenção ativa, documentação clara e de uma comunidade (ou organização) comprometida com a sua sustentabilidade a longo prazo.
Porque é que alguns preferem o software proprietário
Os sistemas proprietários oferecem controlo centralizado e apoio garantido pelo fornecedor. Para organizações que procuram estandardização e suporte completo, este modelo pode ser apelativo. As atualizações são feitas num ambiente controlado e os SLAs dos fornecedores oferecem alguma garantia.
Mas este modelo também tem desvantagens: menor visibilidade sobre o código, possíveis atrasos na resolução de problemas críticos e uma dependência de um único ponto de confiança.
Escolher a segurança que funciona para si
Mais do que perguntar qual o modelo mais seguro, a questão realmente importante é:
Com que rapidez os riscos são identificados, comunicados e resolvidos?
E quanta visibilidade tem sobre o comportamento do software?
And how much visibility do you have into the software’s behavior?
Antes de decidir, pergunte a si mesmo: O software é mantido regularmente? Consigo verificar ou auditar os seus componentes? Preciso de transparência ou valorizo mais um suporte completo? Quanto controlo quero ter sobre as atualizações e a segurança?
Considerações finais
Não existe uma resposta universal. Na Caixa Mágica Software, já trabalhámos dos dois lados, desde a criação de sistemas nacionais open-source à integração de soluções proprietárias. O que aprendemos é simples: Quando a segurança faz parte do processo de desenvolvimento, e não está escondida por portas fechadas, ganha-se mais do que proteção. Ganha-se confiança.